O médico de Vancouver, Dr. Paul Michael Harris, tomou uma nota disciplinar formal da Faculdade de Medicina, e teve seu título de especialista rebaixado. Além disso, recebeu condições para a prática de sua profissão.
Médico admitiu as transgressões
A Faculdade de Medicina da Columbia Britânica abriu inquérito para investigar a conduta do Dr. Paul Michael Harris. De acordo com a nota da Faculdade, Harris admitiu as seguintes transgressões:
- Prescrição de remédio a funcionário, sem a formalização de consulta;
- Uso de Ecstasy (MDMA) e psilocibina administrado por pessoa não-médica;
- Uso de Hipnose fora do ambiente clínico.
“Ao infringir repetidamente os padrões de prática da faculdade, o Dr. Harris colocou o funcionário em risco e, portanto, um resultado disciplinar foi apropriado”, concluiu o Comitê de Inquérito da Faculdade.
Punição e condições disciplinares
Logo ao fim do inquérito, o Comitê decidiu por rebaixar seu título de especialista e publicou uma repreensão formal. Além disso, ambas as partes celebraram Acordo de Consentimento para que Harris siga algumas condições na sua prática médica, dentre elas:
- Não fornecer cuidados médicos ou prescrever remédios para pessoas próximas;
- Abster-se do uso de hipnose fora do ambiente clínico;
- Abster-se do uso de substâncias não aprovadas fora de um ambiente de pesquisa;
- Documentar todos os encontros médico-paciente e manter registros médicos.
Por fim, o Comitê de Inquérito criticou a conduta de Harris e observou que era contrária aos padrões de prática da Faculdade.
A falta de regulamentação da Hipnose no Brasil
A história do Dr. Paul Michael Harris, que atingiu repercusão mundial, infelizmente não é caso isolado. No Brasil, qualquer hipnólogo experiente já ouviu relatos de seus pacientes, acerca de diversos hipnoterapeutas que mesclam Hipnose com métodos pseudocientíficos. Existem ainda aqueles que falam a seus pacientes que a hipnose só poderia ser aplicada após meses de tratamento, para poder cobrar mensalidades sem que o paciente tenha resultados.
Isso acontece porque a Hipnose não é regulamentada como profissão nem mesmo ocupação no país. Por isso, muitas instituições aproveitam dessa falta de regras para entregar cursos de hipnose de pouca duração (dois ou três dias), pouco conteúdo (às vezes apenas videoaulas), sem atividades práticas algumas, e assim formando pessoas incapazes de proverem tratamentos adequados.
E então como entregar sua saúde mental para alguém que estudou tão pouco? Pensando nisso, o Jornal da Hipnose preparou uma matéria ensinando como escolher um bom hipnoterapeuta, listando 8 características indispensáveis que devem ser analisadas. Pode seguir estas regras, que certamente será sucesso.
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