Lei de Miller: a relação entre hipnose e a memória de trabalho

A lei de Miller teoriza que a memória humana consegue lidar com 7+-2 (sete mais ou menos dois) estímulos sensoriais ao mesmo tempo, depois disso, ela se sobrecarrega e desliga. O processo de indução e sugestão na hipnose recorre a esse mecanismo descrito por Miller. Entenda como esse as duas coisas se relacionam.

A Lei de Miller e a memória de trabalho

George Miller foi um psicólogo estadunidense que, na década de 1960, percebeu e teorizou que os seres humanos apenas percebem cerca de cinco a nove (7+-2, sete mais ou menos dois) estímulos ao mesmo tempo. Quando essa capacidade é ultrapassada, a chamada memória de trabalho se sobrecarrega e falha.

A memória de trabalho, instalada no córtex pré-frontal, é a que armazena informação por um breve período de tempo e de forma limitada. Quando ela precisa lidar com muitas informações e estímulos diferentes ao mesmo tempo, o cérebro perde a sincronia e passa a ignorar parte das informações concorrentes.

O uso da Lei de Miller na hipnose

Um método de indução, na hipnose, se baseia justamente na noção da memória de trabalho da Lei de Miller. Isso porque este tipo de indução se produz por uma inibição gradual do córtex pré-frontal, causa pela sobrecarga de estímulos externos. Ou seja, uma pessoa entra em transe hipnótico quando a quantidade de informação é muito grande.

Processo de indução no cérebro humano

A região do córtex pré-frontal do cérebro humano, ao que tudo indica, possui papel importante na aceitação da sugestão. Dessa forma, pessoas que possuem algum tipo de lesão nessa área, por exemplo, se enganam mais facilmente por anúncios maliciosos.

No caso da hipnose, se utiliza uma série de exercícios de visualização e concentração em pensamentos e estímulos diferentes. Assim, o indivíduo hipnotizado receberá uma diversidade de sugestões às quais nem percebe, por conta da sobrecarga.

Considere a situação de um médium numa roda de incorporação. Ele dança, canta, ouve som de batidas de tambores, escuta vozes, sente odores e outros, ou seja, uma variedade de estímulos. Fica claro, portanto, que o indivíduo acaba por entrar em transe e passará a aceitar as sugestões, aceitando a ideia da incorporação de espíritos.

Outro exemplo é a redução da sensação de dor por meio da hipnose. Quando a atenção do paciente se desloca para outros estímulos, que não a dor, ele é capaz de “ignorar” essa sensação. Isso porque, justamente, a hipnose usa a sobrecarga do cérebro ao seu favor.

Lei de Miller - fotografia de George Miller por John T Miller
Foto de John T. Miller

Conclusão

A Lei de Miller mostra que a memória humana consegue lidar com sete mais ou menos dois estímulos ao mesmo tempo. Ou seja, descreve a limitação do cérebro humano para lidar com diferentes informações ao mesmo tempo. No processo de indução e sugestão hipnótica, essa noção pode ser utilizada a favor dos pacientes.

Sobrecarregar o cérebro com estímulos permite que o processo de indução e sugestão na hipnose aconteça de forma mais fácil. Isso porque, quando a memória de trabalho está cheia, o cérebro bloqueia a percepção de mais estímulos. Dessa forma, é possível que, por exemplo, um paciente ignore sua sensação de dor, ao prestar atenção em outras informações.

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