Nova lei do Texas proíbe testemunhos coletados com hipnose

A nova lei que barra o uso da hipnose por policiais se preocupa com a criação de falsas memórias durante os testemunhos.

Nova lei do Texas proíbe testemunhos baseados em memórias coletadas com hipnose

Sobre a nova lei

A hipnose investigativa é uma prática um pouco controversa na polícia. Seu intuito é o de fazer com que uma vítima ou testemunha obtenha lembranças mais nítidas sobre um crime ocorrido. Para isso, a pessoa deve entrar em estado de transe hipnótico para testemunhar.

A lei se preocupa nos casos em que falsas memórias induzam na condenação injusta de um terceiro. Porém banir esse tipo de prática é ignorar o sucesso da Hipnose Forense em diversos pontos, tais como:

1. O Transtorno de Estresse Pós-traumático provoca amnésia, e as memórias reprimidas conseguem ser trazidas de volta através do transe hipnótico.

2. Fazer com que o hipnotizado entre em contradição. Por desconhecimento profundo da hipnose, o investigado costuma entrar em contradição durante o depoimento.

3. A memória pode ser potencializada durante o transe, permitindo que testemunhas melhorem por exemplo sua capacidade de fazer um retrato falado.

Mas para o Texas, que segue na contramão do desenvolvimento científico, permitir esse tipo de prática poderia implicar que algumas pessoas inocentes fossem condenadas.

Então esta nova lei deixou claro o posicionamento do estado: testemunhos induzidos não serão mais válidos. Esse não é o primeiro estado a proibi-la na polícia. Em pelo menos metade dos Estados Unidos se baniu ou limitou seu uso.

Conclusão

Não há fórmula que permita a distinção de memórias reais de memórias falsas, desta forma nenhuma memória é 100% confiável. Além de a memória ser uma interpretação subjetiva do passado, o suposto hipnotizado pode simplesmente mentir.

Memórias sempre requerem a necessidade de provas concretas, e a hipnose apenas auxilia que estas sejam encontradas.

Casos famosos de memórias falsas

Em 1986, Nadean Cool foi a um psiquiatra buscando ajuda contra um trauma. Usando a hipnose, ele a fez acreditar que ela teria participado um de culto satânico, onde teria feito sexo com animais, e que teria cometido assassinato. Quando ela percebeu que as memórias foram implantadas, ela processou o psiquiatra, e o caso foi resolvido fora do tribunal pela quantia de 2,4 milhões de dólares, em Março de 1997.

Em 1992, Beth Rutherford teve memórias implantadas por um conselheiro de sua igreja. Ele fez com que ela acreditasse que seu pai a tinha estuprado regularmente, e que sua mãe às vezes ajudava não deixando que ela escapasse. O caso terminou após um exame médico comprovar que ela era virgem aos 22 anos de idade. Ela então processou o conselheiro, e recebeu indenização de US$ 1 milhão.

Esses são apenas alguns casos que representam a ponta de um iceberg.

Como aprender mais sobre hipnose?

Existem vários cursos que se propõem a explorar as técnicas de hipnose. Contudo, possuem duração de 2 ou 3 dias, e não ensinam na prática.

Como resultado, deixa a desejar para quem tem interesse sobre o tema e, desta forma, formam hipnólogos despreparados.

Por isso, o Jornal da Hipnose indica a formação completa em Hipnose pela Academia da Hipnose. Ela possui ótimos diferenciais, como turmas reduzidas, aulas práticas supervisionadas e hipnoterapia inclusa, sem custos adicionais. Invista em cursos que valem a pena.